Lâmpadas que se apagam, esperançasOmar Khayyam, Rubaiyat 165.
Que se acendem: aurora.
Lâmpadas que se acendem, esperanças
Que se apagaram: noite.
31.12.01
Meus Melhores do Ano
Romances
O Pêndulo de Foulcaut - Umberto Eco
O Jogo da Amarelinha - Júlio Cortazar
Quadrinhos
Do Inferno - Alan Moore e Eddie Campbell
Invisibles - Volume 3 - Grant Morrison, Philip Bond e Frank Quitely
Miracleman: The Golden Age - Neil Gaiman e Mark Buckingham
Não Ficção
Cultura da Interface - Steven Johnson
Seis Passeios pelos Bosques da Ficção - Umberto Eco
Uma História da Leitura - Alberto Manguel
Romances
O Pêndulo de Foulcaut - Umberto Eco
O Jogo da Amarelinha - Júlio Cortazar
Quadrinhos
Do Inferno - Alan Moore e Eddie Campbell
Invisibles - Volume 3 - Grant Morrison, Philip Bond e Frank Quitely
Miracleman: The Golden Age - Neil Gaiman e Mark Buckingham
Não Ficção
Cultura da Interface - Steven Johnson
Seis Passeios pelos Bosques da Ficção - Umberto Eco
Uma História da Leitura - Alberto Manguel
Descobertas na Rede
Nowhere Girl - Justine S.
The Electronic Labyrinth
After Days of Passion - Antony Johnston e Ben Templesmith
Nowhere Girl - Justine S.
The Electronic Labyrinth
After Days of Passion - Antony Johnston e Ben Templesmith
A Lista Completa - em Ordem Cronológica
- Esse ofício do verso **** / Jorge Luís Borges 31-12 - 02.01
- Miracleman - Book Four: The Golden Age ***** /Neil Gaiman 05.01
- The Big Book of Freaks *** / Gahan Wilson 07.01
- eu@teamo.com.br: o amor nos tempos da internet *** / Letícia Wierzchowski e Marcelo Pires 4.02
- Seis propostas para o próximo milênio ***** / Italo Calvino
- The Invisibles: Vol 2 ***** / Grant Morrison
- The Invisibles: Vol 3 ***** / Grant Morrison
- Adeus, minha adorada *** / Raymond Chandler 6.03 - 12.03
- Harry Potter e a Pedra Filosofal * / J K Rowling 14.03 - 19.03
- O Pêndulo de Foulcaut ***** / Umberto Eco 20.03 - 11.04
- JSA: Justice Be Done ** / James Robinson & Dave S Goyer 29.03
- Cultura da Interface **** / Steven Johnson 12.04 - 25.04
- O Castelo dos Destinos Cruzados * / Italo Calvino 27.04 - ABANDONADO
- Opium ** / Daniel Torres 29.04
- Seis Passeios pelos Bosques da Ficção **** / Umberto Eco 03.05 - 25.05
- Laços de Família **** / Clarice Lispector 08.05 - 29.12
- Starman: Infernal Devices *** / James Robinson 09.05 - 10.05
- Starman: Grand Guignol **** / James Robinson 10.05
- Como e Por Que Ler *** / Harold Bloom 12.05 - 16.06
- The Invisibles: Say you want a revolution **** / Grant Morrison 17.05
- Os Amores Difíceis *** / Italo Calvino
- Uma História da Leitura ***** / Alberto Manguel 21.06 - 12.07
- Sobre os Espelhos *** / Umberto Eco
- Preto e Branco *** / Taiyo Matsumoto 12.07
- A Jew in Communist Prague *** / Giardino 17.07
- Corto Maltese in Siberia *** / Hugo Pratt 19.07
- A Peste **** / Albert Camus 19.07 - 31.07
- Homo Ludens *** / Huizinga
- Doom Patrol: Crawling from the Wreckage *** / Grant Morrison 29.07
- O Jogo da Amarelinha ***** / Júlio Cortazar 03.08 - 23.08
- Novas Comédias da Vida Privada *** / Luís Fernando Veríssimo 03.08 - 14.08
- Asterix e Latraviata * / Albet Uderzo 23.08
- JLA: World War Three **** / Morrison e Potter 25.08
- As tecnologias da Inteligência / Pierre Levy
- O Longo Adeus *** / Raymond Chandler 11.09 - 15.09
- Top Ten *** / Alan Moore e Gene Ha 13.09
- Transmetropolitan: The New Scum *** / Warren Ellis 13.03
- Transmetropolitan: Lonely City **** / Warren Ellis 14.09
- Sem Plumas / Woody Allen 23.09 - 28.11
- Do Inferno (Vol 1) ***** / Alan Moore 01.10 - 03.10
- Visitation - A Graphic Novella ** / C. S. Moore
- Baldolino *** / Umberto Eco 08.10 - 22.10
- JLA: American Dreams *** / Grant Morrison e Howard Potter 18.10
- Rubaiyat / Omat Khayam 23.10 - 31.12
- Sandman - O Livro dos Sonhos *** / 23.10 - 29.12
- Palestina **** / Joe Saco
- O Último Cavaleiro Andante ** / Will Eisner 04.11
- Transmetropolitan - Gouge Away / Warren Ellis e Darick Robertson ****
- Kling Klang Klatch / Ian McDonald e David Lyttleton
- Flex Mentallo **** / Frank Quitely & Grant Morrison
- Hellblazer: Good Intentions **** / Brian Azzarello e Marcelo Frusin
- Secret Origins * / Vários Autores
- Esse ofício do verso **** / Jorge Luís Borges 31-12 - 02.01
- Miracleman - Book Four: The Golden Age ***** /Neil Gaiman 05.01
- The Big Book of Freaks *** / Gahan Wilson 07.01
- eu@teamo.com.br: o amor nos tempos da internet *** / Letícia Wierzchowski e Marcelo Pires 4.02
- Seis propostas para o próximo milênio ***** / Italo Calvino
- The Invisibles: Vol 2 ***** / Grant Morrison
- The Invisibles: Vol 3 ***** / Grant Morrison
- Adeus, minha adorada *** / Raymond Chandler 6.03 - 12.03
- Harry Potter e a Pedra Filosofal * / J K Rowling 14.03 - 19.03
- O Pêndulo de Foulcaut ***** / Umberto Eco 20.03 - 11.04
- JSA: Justice Be Done ** / James Robinson & Dave S Goyer 29.03
- Cultura da Interface **** / Steven Johnson 12.04 - 25.04
- O Castelo dos Destinos Cruzados * / Italo Calvino 27.04 - ABANDONADO
- Opium ** / Daniel Torres 29.04
- Seis Passeios pelos Bosques da Ficção **** / Umberto Eco 03.05 - 25.05
- Laços de Família **** / Clarice Lispector 08.05 - 29.12
- Starman: Infernal Devices *** / James Robinson 09.05 - 10.05
- Starman: Grand Guignol **** / James Robinson 10.05
- Como e Por Que Ler *** / Harold Bloom 12.05 - 16.06
- The Invisibles: Say you want a revolution **** / Grant Morrison 17.05
- Os Amores Difíceis *** / Italo Calvino
- Uma História da Leitura ***** / Alberto Manguel 21.06 - 12.07
- Sobre os Espelhos *** / Umberto Eco
- Preto e Branco *** / Taiyo Matsumoto 12.07
- A Jew in Communist Prague *** / Giardino 17.07
- Corto Maltese in Siberia *** / Hugo Pratt 19.07
- A Peste **** / Albert Camus 19.07 - 31.07
- Homo Ludens *** / Huizinga
- Doom Patrol: Crawling from the Wreckage *** / Grant Morrison 29.07
- O Jogo da Amarelinha ***** / Júlio Cortazar 03.08 - 23.08
- Novas Comédias da Vida Privada *** / Luís Fernando Veríssimo 03.08 - 14.08
- Asterix e Latraviata * / Albet Uderzo 23.08
- JLA: World War Three **** / Morrison e Potter 25.08
- As tecnologias da Inteligência / Pierre Levy
- O Longo Adeus *** / Raymond Chandler 11.09 - 15.09
- Top Ten *** / Alan Moore e Gene Ha 13.09
- Transmetropolitan: The New Scum *** / Warren Ellis 13.03
- Transmetropolitan: Lonely City **** / Warren Ellis 14.09
- Sem Plumas / Woody Allen 23.09 - 28.11
- Do Inferno (Vol 1) ***** / Alan Moore 01.10 - 03.10
- Visitation - A Graphic Novella ** / C. S. Moore
- Baldolino *** / Umberto Eco 08.10 - 22.10
- JLA: American Dreams *** / Grant Morrison e Howard Potter 18.10
- Rubaiyat / Omat Khayam 23.10 - 31.12
- Sandman - O Livro dos Sonhos *** / 23.10 - 29.12
- Palestina **** / Joe Saco
- O Último Cavaleiro Andante ** / Will Eisner 04.11
- Transmetropolitan - Gouge Away / Warren Ellis e Darick Robertson ****
- Kling Klang Klatch / Ian McDonald e David Lyttleton
- Flex Mentallo **** / Frank Quitely & Grant Morrison
- Hellblazer: Good Intentions **** / Brian Azzarello e Marcelo Frusin
- Secret Origins * / Vários Autores
Aliás, esqueça Apocamon! Spiders é muito melhor: uma história alternativa da ação militar no Afeganistão. A primeira parte trata das mulheres afegãs. A segunda da caça a Bin Laden.
A segunda parte de Apocamon - The Final Judgement finalmente está no ar. Ela entrou no ar algum tempo depois da primeira, mas os eventos de 11 de setembro fizeram o autor retirá-la do ar por algum tempo, só tendo retornado semana passada.
30.12.01
Não sei se sou eu ou é Steven Talbot, mas tenho percebido uma grande melhora nos últimos Netfuture. As argumentações estão muito mais desenvolvidas e parece que o editor está dando mais espaço para vozes divergentes.
A última edição - a 126ª - continua a anterior, publicando a troca de correspondência entre Talbot e um leitor, expandindo a comparação entre a technè dos gregos e a nossa relação com a técnica.
A última edição - a 126ª - continua a anterior, publicando a troca de correspondência entre Talbot e um leitor, expandindo a comparação entre a technè dos gregos e a nossa relação com a técnica.
He's an all-American coffee-fuelled Green Beret from the Mississippi delta. She's a mistrustful winged bodyguard who dreams of becoming Elvis. They fight crime!
Mesmo que não pareça óbvia à primeira vista, a conexão entre rapping e blogging está lá. Na verdade, encontrar conexões entre os blogs e outras... formas de expressão, meios de comunicação? que são feitas a partir de pedaços de outras mídias não é tão difícil assim. Fanzines,
programas de tv, colunas de jornal e revistas que tratam dos media são todos a mesma coisa - que Steven Johnson chama de "mídia parasitária": sinais de que os meios de comunicação formam uma esfera da vida tão real quanto qualquer outra.
programas de tv, colunas de jornal e revistas que tratam dos media são todos a mesma coisa - que Steven Johnson chama de "mídia parasitária": sinais de que os meios de comunicação formam uma esfera da vida tão real quanto qualquer outra.
29.12.01
Na minha última visita ao Ninth Art, encontrei um texto sobre escritores de quadrinhos que agem como pop stars. Discordando do autor - que acredita que o chama a atenção nas hqs é a qualidade - acho que os quadrinhos podem se beneficiar muito de autores que tenham as características necessárias para circularem nos media.
Um dos principais problemas das hqs é que elas são percebidas pelo grande público como coisa de criança ou - pior - de nerds. Autores que não pareçam nem um nem outro são importantes para mudar essa percepção: não adianta nada existirem quadrinhos que apelem para djs ou metaleiros se a imagem do meio é tão ruim ao ponto de impedir o primeiro contato. Autores como Grant Morrison e Alan Moore podem ajudar muito a aumentar a penetração dos gibis simplesmente pelo seu estilo de vida divergente do que se espera dos escritores de gibis.
Acreditar que qualquer artista ou forma de arte pode ter alcance massivo apenas pelos seus méritos é de uma inocência sem tamanho. Se pensarmos na música, por exemplo, vamos ver o quanto o saber se colocar é importante. Ou alguém acha que Madonna esá aí há mais de 20 anos por conta da qualidade da música? É óbvio que apenas a embalagem não sustenta ninguém no mercado, mas conteúdo suficiente para manter um público diverso os quadrinhos têm.
Um dos principais problemas das hqs é que elas são percebidas pelo grande público como coisa de criança ou - pior - de nerds. Autores que não pareçam nem um nem outro são importantes para mudar essa percepção: não adianta nada existirem quadrinhos que apelem para djs ou metaleiros se a imagem do meio é tão ruim ao ponto de impedir o primeiro contato. Autores como Grant Morrison e Alan Moore podem ajudar muito a aumentar a penetração dos gibis simplesmente pelo seu estilo de vida divergente do que se espera dos escritores de gibis.
Acreditar que qualquer artista ou forma de arte pode ter alcance massivo apenas pelos seus méritos é de uma inocência sem tamanho. Se pensarmos na música, por exemplo, vamos ver o quanto o saber se colocar é importante. Ou alguém acha que Madonna esá aí há mais de 20 anos por conta da qualidade da música? É óbvio que apenas a embalagem não sustenta ninguém no mercado, mas conteúdo suficiente para manter um público diverso os quadrinhos têm.
Se uma pessoa perfeita do planeta Marte descesse e soubesse que as pessoas da Terra se cansavam e envelheciam, teria pena e espanto. Sem entender jamais o que havia de bom em ser gente, em sentir-se cansada, em diariamente falir; só os iniciados compreenderiam essa nuance de vício e esse refinamento de vida".Eu já tinha visto a primeira parte desse trecho de A Imitação da Rosa, de Clarice Lispector, em uma pancada de lugares; de cartões postais com a foto dela àquelas seções de citações.
Sempre tinha achado o trecho muito pessimista e de um escapismo que não combinava com o pouco que conhecia de Lispector. A segunda frase - quase sempre deixada de lado - muda tudo completamente: de pessimismo à melancolia, sem escalas.
28.12.01
Mesmo tendo desperdiçado muito tempo e dinheiro em comédias românticas, tenho que concordar que a maioria delas realmente é muito ruim e estão cheias daqueles sinais que o filme não presta. Mas chamar John Kusack de "odioso" já é demais.
Em lugar da tradicional resenha dos movimentos da Internet no ano passado, o Guardian publicou uma lista das Sete Maravilhas da Rede. Em ordem:
Google
Yahoo!
Project Gutenberg
Multimap
Ebay
Amazon
Blogger
O que eu achei mais interessante da lista é que - tirando o Projeto Gutemberg - todas as "maravilhas" são ferramentas que não só reprosuzem, mas ampliam as possibilidades de análogos no mundo analógico.
Yahoo!
Project Gutenberg
Multimap
Ebay
Amazon
Blogger
O que eu achei mais interessante da lista é que - tirando o Projeto Gutemberg - todas as "maravilhas" são ferramentas que não só reprosuzem, mas ampliam as possibilidades de análogos no mundo analógico.
27.12.01
idler: "There are plenty of lazy people and planty of slowcoaches, but a genuine idler is a rarity," writes idling expert Jerone K. Jerome. "He is not a man who slouches about with the hands in his pockets. On the contrary, his most starling characteristic is that he is always intensely busy." Despite the dictionary definition, then, altough the idler might not "work" in any recognizable fashion, he is neither shiftless nor lazy. His energies, having been freed from the merry-go-round of the working life, are channeled into the pursuit of wisdom and pleasure.Além disso, The Idler é o nome de uma revista inglesa muito legal, que em outros tempos poderia fazer parte da chamada contracultura. Eu já tinha lido alguns textos na rede, mas nunca tinha visto um volume.
A citação foi tirada do glossário do número que estou lendo - o 25, que infelizmente é emprestado - tem mais de trezentas páginas e o formato de um livro. A revista é cheia de coisas despropositadas, mas mas descobri há muito tempo que leio qualquer coisa se a redação for boa.
Com certeza você já caiu em alguma dessas - ou em algo parecido - em algum momento de sua vida na rede. A minha foi uma variante do Good Times.
Ok, já sei que vou morrer cedo ou tarde. É difícil, mas eu me conformo em nunca ver as maravilhas do futuro. É muito mais complicado aceitar que vou deixar um monte de livros sem ler na minha biblioteca - sem falar naqueles que em algum momento quis (ou vou querer) ler e nunca vou ter o tempo ou a chance. Muito poucas coisas se igualam à agonia de uma pequena pilha de livros em cima da cama e ser incapaz de ler todos ao mesmo tempo - ou eleger um e ignorar com tranqüilidade os outros. Só queria me decidir se é reconfortante ou desesperador saber que não sou o único leitor ansioso.
26.12.01
You can hardly call something "not art" when the only reason you heard about it was that an art gallery funded and displayed it and an art critic wrote about it in the art section of a newspaper. The battle is over: It's already art, whether you like it or not. As soon as the question of its artness even occurs, it is part of a discussion that is inherently artistic; it is, henceforth, irrevocably and perpetually a part of the history of art.Russel Smith, dando a dica de um excelente atalho para calar aqueles chatos que dizem que algo não é arte porque não se enquadra na sua visão do que A ARTE deveria ser.
O problema raramente é tão simples quanto "isso é arte, aquilo não é", mas saber que arte é mais uma questão de moldura que qualquer outra coisa é um bom começo.
Plato invented reality. He was teacher to Harris Tottle, author of 'The Republicans.' Lust was a must for the Epicureans. Others were the Vegetarians and the Synthetics, who said, 'If you can't play with it, why bother?'UH?
Deve ter quase um ano que eu vejo os banners para a tira Exploitation Now e fico enrolando para ir lá, apesar das recomendações. Não vou dizer que estou arrependido de ter enrolado - já que devo ter terminado de ler todas as tiras antes do fim de semana - mas me pergunto o que estou perdendo de legal nos banners por aí.
Através da tira, descobre que existe uma Lista de Quadrinhos na Web Potencialmente Ofensivos - LOPOW, no original. Um ótimo guia de consumo, não?
Através da tira, descobre que existe uma Lista de Quadrinhos na Web Potencialmente Ofensivos - LOPOW, no original. Um ótimo guia de consumo, não?
25.12.01
Nem adianta argumentar: Natal é época de comercialismo crasso, disfarçado de consideração pelos seus entes queridos. Em outras palavras, é a época de comprar coisas para os outros - e esperar que eles retribuam o favor. Depois de rasgar as embalagens, é o momento do inevirável balanço.
O fluxo de presentes foi pequeno esse ano. Quatro indo e voltando - quase todos livros. Rio abaixo foram Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século, O Flâneur e Dez Pãezinhos - O Girassol e a Lua - hq que comprei na esperança que o amigo secreto improvisado não se realizasse.
Ganhei O Efeito Urano (Fernanda Young, da série dos dedinhos), Contraponto, uma duplicata de Cinco Escritos Morais (a primeira cópia não tinha nem uma semana aqui em casa) e um Avalovara, de um Osman Lins que nunca ouvi falar e parece bem bacana. Ainda não sei que livro os Escritos Morais vão virar - já que não sou eu quem vai decidir.
Estou doido para começar a ler os presentes, mas me prometi não começar nenhum livro antes de concluir uns que estão pela metade (Laços de Família, O General na Biblioteca, Rubaiyat e Sandman - O Livro dos Sonhos
Com os presentes, seis que comprei esse ano e três que sobraram do ano passado, já tenho leituras suficientes para o primeiro trimestre.
O que obviamente não significa que não vou comprar nenhum livro até terminar esses.
O fluxo de presentes foi pequeno esse ano. Quatro indo e voltando - quase todos livros. Rio abaixo foram Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século, O Flâneur e Dez Pãezinhos - O Girassol e a Lua - hq que comprei na esperança que o amigo secreto improvisado não se realizasse.
Ganhei O Efeito Urano (Fernanda Young, da série dos dedinhos), Contraponto, uma duplicata de Cinco Escritos Morais (a primeira cópia não tinha nem uma semana aqui em casa) e um Avalovara, de um Osman Lins que nunca ouvi falar e parece bem bacana. Ainda não sei que livro os Escritos Morais vão virar - já que não sou eu quem vai decidir.
Estou doido para começar a ler os presentes, mas me prometi não começar nenhum livro antes de concluir uns que estão pela metade (Laços de Família, O General na Biblioteca, Rubaiyat e Sandman - O Livro dos Sonhos
Com os presentes, seis que comprei esse ano e três que sobraram do ano passado, já tenho leituras suficientes para o primeiro trimestre.
O que obviamente não significa que não vou comprar nenhum livro até terminar esses.
24.12.01
Nicolau era...Minha tradução par Nicholas Was, de Neil Gaiman. Se algumas coisas ficaram estranhas - e eu sei que ficaram - é porque eu tentei traduzir com o mesmo número de palavras que o original - cem - já que essa foi a regra auto-imposta pelo autor.
.....muito, muito velho, e sua barba não podia embranquecer
mais. Ele esperava morrer.
Os anões nativos das cavernas do Ártico não falavam sua língua,
conversando em seu próprio idioma tremelicante, conduziam
rituais incompreensíveis, isso quando não estavam enfiados nas
suas fábricas, trabalhando.
Anualmente, os anões o forçavam para fora, chorando e se
debatendo, na Noite Sem Fim. Durante a jornada, ele visitava
quase toda criança no mundo, deixando um dos presentes
invisíveis dos anões ao pé de suas camas. As crianças dormiam,
congeladas no tempo.
Ele invejava Prometeus e Loki, Sisyphus e Judas. Seu castigo era
pior.
Ho
Ho
Ho
Ah, sim: "Natal pra você!"
22.12.01
Sílvio Meira, do No tenta estabelecer algumas regras para a previsão e faz algumas perguntas sobre o futuro das tecnologias de informação no Brasil.
Eu queria saber por que tenho tanto interesse em videogames se quase não tenho paciêcnai para jogar. Depois de quinze minutos, foco entediado com, dicamos, Parasite Eve, mas fico doido para comprar um livro com imagens de jogos clássicos.
Ontem ganhei um exemplar da PLay, uma revista dedicada ao "entretenimento eletrônico". Li pouca coisa ainda, então não dá para falar muita coisa, mas a revista é muito bem diagramada e editada.
Mesmo que a revista tenha um espaço no mercado esperando por ela - e acho que tem - não sei se ela faz sentido para todo mundo. As informações nela me parecem um pouco passadas, já velhas, e imagino que não sou o único com essa impressão. Não sei qual é o públivo que a Play quer atingir, mas acho que ela só tem a ganhar se concentrando em matérias longas sobre a realidade brasileira, em vez de tentar ser um veículo para notícias.
Mesmo que a revista tenha um espaço no mercado esperando por ela - e acho que tem - não sei se ela faz sentido para todo mundo. As informações nela me parecem um pouco passadas, já velhas, e imagino que não sou o único com essa impressão. Não sei qual é o públivo que a Play quer atingir, mas acho que ela só tem a ganhar se concentrando em matérias longas sobre a realidade brasileira, em vez de tentar ser um veículo para notícias.
Dia de Gibi Novo: New X-Men 118
Morrison - ainda companhado do desenhista substiruto Ethan Van Sciver - continua escrevendo os X-Men como eles devem ser: o início da organização mundial pacífica dos mutantes. Algo realmente distinto dos outros super-heróis.
Como toda vez que Morrison escreve um título de super-heróis, ele não parece se encaixar muito bem no resto do universo de histórias - ficando muito acima da maioria do resto.
Morrison - ainda companhado do desenhista substiruto Ethan Van Sciver - continua escrevendo os X-Men como eles devem ser: o início da organização mundial pacífica dos mutantes. Algo realmente distinto dos outros super-heróis.
Mutant music, mutant styles, mutant ideas are becoming more and more fashionable.O Professor X está no espaço, Fera em como, os Scott Summers e Ema Frost tendo um caso, os X-Men enfrentando uma organização que rouba órgãos de mutantes e Wolverine está resfriado.
(...)
Magneto, the mutant terrorist leader, one of the millions who lost their lives in Genosha, has become a best-selling t-shirt hero to America's disenfranchised youth.
Como toda vez que Morrison escreve um título de super-heróis, ele não parece se encaixar muito bem no resto do universo de histórias - ficando muito acima da maioria do resto.
Dar presentes no Natal é um desperdício de recursos? Parece que sim. Uma pesquisa indica que quem ganha os presentes normalmente avalia seu preço em cerca de 90% do valor pago. O resto é um desperdício que poderia ser evitado se em vez de presentes, as pessoas dessem dinheiro.
Porém, os economistas também concluíram que nem só de dinheiro são feitos os presentes. Que as intenções por trás contam, aumentando o valor percebido que é pago pelo presente.
Porém, os economistas também concluíram que nem só de dinheiro são feitos os presentes. Que as intenções por trás contam, aumentando o valor percebido que é pago pelo presente.
Nem todos os aliens vêm do espaço. Algumas criaturas bizarras estão na Terra há um tempão, escondidos nos oceanos, sem ninguém saber. Dá uma olhada nessa lula.
19.12.01
Depois de um bom tempo largado, peguei de novo o Sandman - O Livro dos Sonhos. Tinha largado de lado por ter encarada uma seqüência de histórias bem sem graça. Pelo visto fui enganado pelos títulos.
As que deixei para depois eram bem mais interesssantes, mantendo alguma conexão com o mundos dos Perpétuos sem ficar enchendo o sacom com ela a cada parágrafo. E - mais importante - sem tentar imitar Gaiman escrevendo.
Ainda faltam duas histórias, mas duvido que elas superem Chain Home Low e Um Pouco Mais de Eternidade. Não são muito longas - ideais para ler na livraria.
As que deixei para depois eram bem mais interesssantes, mantendo alguma conexão com o mundos dos Perpétuos sem ficar enchendo o sacom com ela a cada parágrafo. E - mais importante - sem tentar imitar Gaiman escrevendo.
Ainda faltam duas histórias, mas duvido que elas superem Chain Home Low e Um Pouco Mais de Eternidade. Não são muito longas - ideais para ler na livraria.
18.12.01
Que tal acordar bem cedinho, separar canetas, pápis e papel e desenhar vinte e quatro páginas de quadrinhos em vinte e quatro horas? Nem precisa saber desenhar direito. Aqui estão as regras e alguns resultados.
17.12.01
We want to make the world like the Disneyland world. People will come in and experience the same kind of fun every time they come into the room. The experience will always be the same. And in order to do that it was very essential for us to make a dedicated Xbox-only world.Hirohisa "Pat" Ohura, gerente da subsidiária japonesa da Microsoft, falando sobre o novo videogame da Sega.
Impressionante como ele conseguiu resumir a "filosofia" da empresa como um todo: práticas monopolistas que tentam reduzir um ambiente social dinâmico, interessante e auto-regulável a um eterno déjà vu. Isso sem falar na entrevista dele: haja paciência pra agüentar um release tão descarado.
Depois que o treinador de um time de futebol americano foi despedido por ter mentido no seu currículo, King Kaufman - josnalista e inventor do plástico - resolveu admitir suas próprias mentiras. Eu queria ter a coragem desse homem!
Qualquer dia eu vou ter oitenta mil dólares sobrando e uma pessoa faltando para preencher minha vida, o banco do carona do meu Mercedes SL e minha enorme cobertura com vista para o Central Park. Espero que essa empresa ainda exista nesse dia. Na verdade, se ela existir hoje e não for uma brincadeira, já seria surpreendente o bastante.
Mesmo que nunca vá usar um serviço que cria um encontro "aleatório" após uma longa investigação sobre a mulher que o cliente escolher (mais por falta de dinheiro e posicionamento geográfico errôneo que padrões morais elevados), é o tipo de coisa que fico contente que exista. É absurdo, deve ser ilegal, mas - muito mais importante - é surreal.
Mesmo que nunca vá usar um serviço que cria um encontro "aleatório" após uma longa investigação sobre a mulher que o cliente escolher (mais por falta de dinheiro e posicionamento geográfico errôneo que padrões morais elevados), é o tipo de coisa que fico contente que exista. É absurdo, deve ser ilegal, mas - muito mais importante - é surreal.
Dia de Gibi Novo: Hellblazer: Good Intentions
Good Intentions é a segunda história com John Constantine escrita por Brian Azzarello. E é também muito melhor que a primeira. A premissa é mais simples - Constantine vai até uma cidade do interior dos EUA falar com uma pesso e há algo muito errado na cidade - e mais apropriada ao personagem que a de Bad Time.
O mais interessante da história é ver Constantine - que normalmente sabe bem o que faz e onde está - totalmente desorientado e assustado. O efeito fica ainda mais forte por conta do capítulo de abertura, no qual o personagem pega carona em dois carros diferentes, sabendo muito bem o que está fazendo.
Os desenhos de Marcelo Frusin são o complemento ideal para o texto de Azzarello, já que mostram muito bem as reações de Constantine aos acontecimentos - coisa que em outras épocas já foi feita com monólogos internos.
Good Intentions é a segunda história com John Constantine escrita por Brian Azzarello. E é também muito melhor que a primeira. A premissa é mais simples - Constantine vai até uma cidade do interior dos EUA falar com uma pesso e há algo muito errado na cidade - e mais apropriada ao personagem que a de Bad Time.
O mais interessante da história é ver Constantine - que normalmente sabe bem o que faz e onde está - totalmente desorientado e assustado. O efeito fica ainda mais forte por conta do capítulo de abertura, no qual o personagem pega carona em dois carros diferentes, sabendo muito bem o que está fazendo.
Os desenhos de Marcelo Frusin são o complemento ideal para o texto de Azzarello, já que mostram muito bem as reações de Constantine aos acontecimentos - coisa que em outras épocas já foi feita com monólogos internos.
Quem nunca quis um ensaio prontinho para entregar? Principalmente quando a disciplina foi uma decepção e o professor conseguiu perder totalmente os alunos durante o curso? Nos Estados Unidos existem várias opções para compras e downloads, até com guias para gastar melhor seu dinheiro. Por aqui eu não sei, já que nunca pensei em pegar um trabalho fraco - mas pronto - e simplesmente editá-lo para entregar. Juro.
Eu não entendo é como os professores não organizam em suas escolas bancos de trabalhos feitos pelos alunos. Assim ficaria muito mais fácil verificar os plágios que certamente rolam. Se é que eles se importam.
Eu não entendo é como os professores não organizam em suas escolas bancos de trabalhos feitos pelos alunos. Assim ficaria muito mais fácil verificar os plágios que certamente rolam. Se é que eles se importam.
15.12.01
Uma sala vazia ganhou o mais importante prêmio para as artes na Inglaterra - o Turner Prize. Antes de reclamar, que tal tentar entender o que é minimalismo?
13.12.01
Depois de mais de vinte anos, a Editora Abril não vai mais publicar os quadrinhos da Marvel Comics no Brasil - que passam a ser publicados pela Panini.
Não consigo imaginar os resultados disso para os leitores de quadrinhos. Se por um lado concorrência sempre é saudável, por outro os leitores podem ser publicados, principalmente pelo corte de histórias em favor das mais recentes e mais interessantes.
Mas como Fantastic Four 1234 vai ser publicada logo, não tou nem aí.
Não consigo imaginar os resultados disso para os leitores de quadrinhos. Se por um lado concorrência sempre é saudável, por outro os leitores podem ser publicados, principalmente pelo corte de histórias em favor das mais recentes e mais interessantes.
Mas como Fantastic Four 1234 vai ser publicada logo, não tou nem aí.
Acho muito estranha a idéia de enfrentar os piratas de software da mesma forma que os traficantes de drogas. Em primeiro lugar, porque as estratégias já falharam antes - com as drogas mesmo - ao transformar em antagonistas uma fatia significativa e próxima da sociedade (como todo mundo viu em Traffic).
Além disso, ninguém parece saber o que é e não é legal dentro das atividades do grupo - extremamente heterogêneo - chamado de hackers. É ilegal quebrar um código de proteção? Mesmo fazer um backup dos meus programas? E os interesses envolvidos são bastante questionáveis. Se as polícias estão agindo contra os piratas, é por pressão das empresas interessadas - algumas tão picaretas quanto a Máfia - que aprenderam a resolver ameaças aos seus negócios à pauladas judiciárias e mecanismos atochantes.
Somando a vontade do FBI de fazer bonito depois da série de escorregões desde setembro (quem estava mandando as cartas com antraz mesmo?) a complexidade da questão é totalmente ignorada.
Além disso, ninguém parece saber o que é e não é legal dentro das atividades do grupo - extremamente heterogêneo - chamado de hackers. É ilegal quebrar um código de proteção? Mesmo fazer um backup dos meus programas? E os interesses envolvidos são bastante questionáveis. Se as polícias estão agindo contra os piratas, é por pressão das empresas interessadas - algumas tão picaretas quanto a Máfia - que aprenderam a resolver ameaças aos seus negócios à pauladas judiciárias e mecanismos atochantes.
Somando a vontade do FBI de fazer bonito depois da série de escorregões desde setembro (quem estava mandando as cartas com antraz mesmo?) a complexidade da questão é totalmente ignorada.
12.12.01
Janey stops to sketch St. Michael's Mont. Then Penzance and a feeling of having gotten somewhere. It's so different from the retirement Village of St. Ives. Even Malcom went there to withdraw, suffering from a chronic inability to be interested in the rigmarde of "making a living" in the modern world.Alec e Janey rompem em Graffit Kitchen, de Eddie Campbell
Now another argument. Janey's scoffing at the "artists" painting old galleys washed up on sunset beaches for the tourist.
- It's so painfully disappointing! This isn't Art!
- This guy's doign pictures, that guy's doing stained pine chairs, that guy's making sandals... what's your problem with that - it's just making a living! Why do you expect the spirit of Art to always dwell in painting or poetry?
All the arguments we've ever had pop up from behind the fence saying "there's going to be a fight" . The nude-girls-in-the-newspapers is there. also the inadequacies-of-the-Social-Services.
- You can't change the whole world by eanting and raving - you've got to just concentrate on here and now.
- Look, Alec, you'll see it all differently when you've got my ears.
Something comes to a halt right here.
Se estivesse realmente congelado em animação suspensa, Walt Disney estaria fazendo cem anos este mês. É uma ótima oportunidade para analisrmos nossa relação com Mickey e seus amigos.
Vale a pena estragar uma obra de arte para investigar um crime? Nem se o crime forem os assassinato de Jack? Ou principalmente se forem eles, já que ninguém vai ser convencido de nada? Para completar, a teoria parece não se sustentar.
Na minha próxima encarnação, quero viver num país onde o presidente não é maluco. Ou pelo menos, maluco em doses moderadas.
11.12.01
Bebo vinho como as raízes do salgueiroOmar Khayyam usando a Tática Greógorio de Matos, no Rubaiyat 122.
Bebem as águas cristalinas da torrente.
Deus me criou sabendo que eu beberia:
Se eu me abstivesse de beber, Deus falharia
Arthur Dapieve, colunista do Globo e do No resolveu ganhar dinheiro escrevendo livros infantis. Palmas pra ele: Dirty Harry Potter e Cuidado, papai, olha o bichinh... — Um dia de atropelos tem tudo para entrar para a lista dos dez mais da Veja
THE NATURAL LIFE CYCLE OF MAILING LISTS
Every list seems to go through the same cycle:
1. Initial enthusiasm (people introduce themselves, and gush a lot about how wonderful it is to find kindred souls).
2. Evangelism (people moan about how few folks are posting to the list, and brainstorm recruitment strategies).
3. Growth (more and more people join, more and more lengthy threads develop, occasional off-topic threads pop up)
4. Community (lots of threads, some more relevant than others; lots of information and advice is exchanged; experts help other experts as well as less experienced colleagues; friendships develop; people tease each other; newcomers are welcomed with
generosity and patience; everyone---newbie and expert alike---feels comfortable asking questions, suggesting answers, and
sharing opinions)
5. Discomfort with diversity (the number of messages increases dramatically; not every thread is fascinating to every reader; people start complaining about the signal-to-noise ratio; person 1 threatens to quit if *other* people don't limit discussion to person 1's pet topic; person 2 agrees with person 1; person 3 tells 1 & 2 to lighten up; more bandwidth is wasted complaining about off-topic threads than is used for the threads themselves; everyone gets annoyed)
6a. Smug complacency and stagnation (the purists flame everyone who asks an 'old' question or responds with humor to a serious post; newbies are rebuffed; traffic drops to a doze-producing level of a few minor issues; all interesting discussions happen by private email and are limited to a few participants; the purists spend lots of time self-righteously congratulating
each other on keeping off-topic threads off the list)
OR
6b. Maturity (a few people quit in a huff; the rest of the participants stay near stage 4, with stage 5 popping up briefly every few weeks; many people wear out their second or third 'delete' key, but the list lives contentedly ever after)
linkslut - Someone who does anything to get someone else to link to themVerbetes aleatórios do Pseudodictionary, o dicionário para palavras que não entraram nos dicionários.
ohhhh scholar - used when someone around you makes an intelligent observation, or tries to show off his/her booksmarts.
meta-irony - describing when the irony involved is itself, ironic
Se a velocidade das inovações na Internet está sendo diminuída por alguém, quem é o maior culpado? Eu aposto na indústria fonográfica.
Falando nisso, você já roubou uma música hoje?
Falando nisso, você já roubou uma música hoje?
10.12.01
Mesmo se for fraude, não custa ajudar: Girl won't sleep with boy until website gets 111,111,111 hits
Eu estou achando o casal bonito demais para essa história, como naquela fraude do casal que ia perder a virgindade ao vivo e transmitir pela Internet. Mas não custa nada ajudar o cara.
Povo doido!
Eu estou achando o casal bonito demais para essa história, como naquela fraude do casal que ia perder a virgindade ao vivo e transmitir pela Internet. Mas não custa nada ajudar o cara.
Povo doido!
Dia de Gibi Novo: Graffiti Kitchen
Ano passado, durante um evento aqui em Salvador, encontrei o stand de uma livraria que estava vendendo quadrinhos. Comode costume, separei uma pequena pilha de coisas para comprar, me obrigando ao sempre doloroso processo de seleção. Uma das que não comprei foi Graffiti Kitchen. Esse ano, no mesmo evento, a revista constinuava lá na livraria. Uma vez que minha curiosidade continuava, resolvi arrastar - mediante pagamento - a revista para casa.
Não me decepcionei. Sabia o quê podia esperar, pois já tinha visto algumas páginas avulsas e histórias menores da mesma série. Graffiti Kitchen faz parte de Alec uma mais ou menos auto-biografia de Eddie Campbell.
Gostei bastante e achei meio parecido com os filmes de Woody Allen: eventos quase reais são narrados através de estruturas narrativas bem claras e claramente artificiais. Os desenhos são diferentes de From Hell: muito mais relaxados, às vezes quase rascunhos. A história não é o importante para aproveitar o gibi, retratando um certo período da vida do protagonista Alec no qual ele se envolve com uma garota e a mãe dela. E mais algumas mulheres.
Acho que vou começar a escrever coisas descaradamente auto-biográficas. Parece dar um, para usar o termo técnico, mojo potentíssimo.
Algum dia da semana passada terminei Kling Klang Klatch. É bem legal, apesar de não ter envelhecido tão bem quanto outras coisas publicadas na mesma época. Parece que às vezes os autores querem inserir elementos demais e se perdem, ou melhor, perdem o ritmo da história.
Ano passado, durante um evento aqui em Salvador, encontrei o stand de uma livraria que estava vendendo quadrinhos. Comode costume, separei uma pequena pilha de coisas para comprar, me obrigando ao sempre doloroso processo de seleção. Uma das que não comprei foi Graffiti Kitchen. Esse ano, no mesmo evento, a revista constinuava lá na livraria. Uma vez que minha curiosidade continuava, resolvi arrastar - mediante pagamento - a revista para casa.
Não me decepcionei. Sabia o quê podia esperar, pois já tinha visto algumas páginas avulsas e histórias menores da mesma série. Graffiti Kitchen faz parte de Alec uma mais ou menos auto-biografia de Eddie Campbell.
Gostei bastante e achei meio parecido com os filmes de Woody Allen: eventos quase reais são narrados através de estruturas narrativas bem claras e claramente artificiais. Os desenhos são diferentes de From Hell: muito mais relaxados, às vezes quase rascunhos. A história não é o importante para aproveitar o gibi, retratando um certo período da vida do protagonista Alec no qual ele se envolve com uma garota e a mãe dela. E mais algumas mulheres.
Acho que vou começar a escrever coisas descaradamente auto-biográficas. Parece dar um, para usar o termo técnico, mojo potentíssimo.
Algum dia da semana passada terminei Kling Klang Klatch. É bem legal, apesar de não ter envelhecido tão bem quanto outras coisas publicadas na mesma época. Parece que às vezes os autores querem inserir elementos demais e se perdem, ou melhor, perdem o ritmo da história.
Hoje me dei conta de quanto tempo eu passo olhando os blogs que eu acompanho e seguindo os links de lá para outros blogs. Os resultados dos passeios costumam variar enormemente. Às vezes descubro coisas excelentes, mas na maioria das vezes os blogs que encontro são extremamente egocêntricos e linkados por conta da brodagem (não que qualidade e egocentrismo não possam andar juntos).
Diariamente, me sinto em uma enorme Serra Pelada.
Claro que todo mundo tem o direito de colocar o que quiser no ar (ou quase tudo), mas às vezes é difícil lidar com o excesso de informação. Os blogs são - em mais de um sentido - um excelente filtro de informação, servindo aquelas informações que não procuramos e nem imaginamos que existiam, resolvendo o maior problema do Daily Me proposto pelo Negroponte.
Os bloggers são gatekeepers voluntários. Sem preocupação em manter o visitante num site ou servir a um determinado conjunto de valores, os bloggers oferecem um outro modo de lidar com o crescimento do volume de informações: eles oferecem um quadro de referências pronto e partilhado. De repente os blogs são realmente a emergência da ecologia cognitiva do Lévy, mas nos últimos meses, sua velocidade de crescimento está enfraquecendo o papel de guia.
Não sou a favor de nenhum tipo de regulamentação, mas mal posso esperar para ver como a "cena blogger" vai estar daqui a um ano, um ano e pouco. Imagino que a rede formada por eles vai estar bem menor, mas a qualidade média de cada ponto vai estar mais alta. Só fico torcendo que essa seja uma "seleção natural" nascida do próptio interesse (ou perde de) dos diaristas, não uma conseqüência de imperativos econômicos ou problemas técnicos.
Diariamente, me sinto em uma enorme Serra Pelada.
Claro que todo mundo tem o direito de colocar o que quiser no ar (ou quase tudo), mas às vezes é difícil lidar com o excesso de informação. Os blogs são - em mais de um sentido - um excelente filtro de informação, servindo aquelas informações que não procuramos e nem imaginamos que existiam, resolvendo o maior problema do Daily Me proposto pelo Negroponte.
Os bloggers são gatekeepers voluntários. Sem preocupação em manter o visitante num site ou servir a um determinado conjunto de valores, os bloggers oferecem um outro modo de lidar com o crescimento do volume de informações: eles oferecem um quadro de referências pronto e partilhado. De repente os blogs são realmente a emergência da ecologia cognitiva do Lévy, mas nos últimos meses, sua velocidade de crescimento está enfraquecendo o papel de guia.
Não sou a favor de nenhum tipo de regulamentação, mas mal posso esperar para ver como a "cena blogger" vai estar daqui a um ano, um ano e pouco. Imagino que a rede formada por eles vai estar bem menor, mas a qualidade média de cada ponto vai estar mais alta. Só fico torcendo que essa seja uma "seleção natural" nascida do próptio interesse (ou perde de) dos diaristas, não uma conseqüência de imperativos econômicos ou problemas técnicos.
I am a Blue Moai in a Carpark.
My dilute pastiche of frozen dreams eats the reinforced hydrogen of time. Apple garages rake blind oil through my excitable architecture. I bring loose mechanisms to the windy sandstone.
Why the right kangaroo? The Utterly Surreal Test
Eu tinha me prometido não mencionar nenhum dos testes de personalidade que parecem ser o meme do mês. Mas esse é irresistível. The Utterly Surreal Test faz perguntas estranhas e dá resultados no mesmo nível.
FInalmente recebi a Cult 52. Já tinha visto na banca, mas só me lembrava do cd com várias edições arquivadas que vinha de brinde nela. Ainda não instalei o cd, mas deiuma olhada nas edições dentro. Cada artigo está separadinho em pdf, prontinho para ser re-distribuído. Ou é uma sacada muito boa de quem programou a parada (liberando os artigos para distribuição como publicidade para a revista) ou uma falta de cuidado imperdoável. Agora tenho todas as Joyceanas que saíram.
A revista em si vem no esquema de sempre. Coisas que não me interessam (Sartre Poeta) e outras muito interessantes (o Dossiê sobre o Oulipo). Apesar de se concentrar em literatura e deixar outas coisas meio de lado, prefiro - de longe - a Cult à Bravo - que mudou de formato mês passado, mas que só vi esse mês.
O papel fosco e o formato tornaram a revista muito mais atraente, principalmente com a ótima capa deste mês. Infelizmente, os vícios permanecem.
A revista em si vem no esquema de sempre. Coisas que não me interessam (Sartre Poeta) e outras muito interessantes (o Dossiê sobre o Oulipo). Apesar de se concentrar em literatura e deixar outas coisas meio de lado, prefiro - de longe - a Cult à Bravo - que mudou de formato mês passado, mas que só vi esse mês.
O papel fosco e o formato tornaram a revista muito mais atraente, principalmente com a ótima capa deste mês. Infelizmente, os vícios permanecem.
8.12.01
As poucas vezes que fui a receitais de poesia me incomodaram bastante. Os poemas pareciam muito artificiais quando falados. Normalmente a culpa era dos recitantes, que escolhiam poemas grandes demais ou chatos demais ou simplesmente falavam embolado demais. Posso parecer chato, mas acho que poesia é para ser lida, não ouvida.
Ainda bem que tem quem concorda comigo.
Ainda bem que tem quem concorda comigo.
7.12.01
Chris Ware e seu Jimmy Corrigan: The Smartest Kid on Earth ganharam o Guardian First Book Award, que premia o melhor primeiro livro publicado por um autor, independente do gênero e formato.
Não é a primeira vez que uma história em quadrinhos ganha um prêmio concorrendo com prosa. Neil Gaiman já havia levado o World Fantasy Award por uma edição de Sandman e Alan Moore venceu o Nebula e o Hugo com Watchmen. A diferença é que esses são prêmios específicos de gêneros (fantasia e ficção científica) e o prêmio do Guardian é mainstream.
Eu aredito que esse é um passo muito mais importante para o reconhecimento dos quadrinhos do que Frank Miller vender duzentas mil cópias da continuação de Cavaleiro das Trevas. Mesmo que muitas pessoas apontem o final da década de 80 e início da década de 90 como uma época fantástica para os quadrinhos, acho que hoje há uma diversidade bem maior que então.
Pena que uma fatia ínfima disso chega no Brasil.
Li muito pouco da série e dos trabalhos de Ware (só os primeiros quatro números da Acme Nolty Library), mas realmente é muito bom. Tanto Jimmy Corrigan, quando Quimby: The Mouse são uma série de pancadas na cabeça. Há momentos que é quase impossível não chorar. E sem apelações, o que é mais impressionante.
Não é a primeira vez que uma história em quadrinhos ganha um prêmio concorrendo com prosa. Neil Gaiman já havia levado o World Fantasy Award por uma edição de Sandman e Alan Moore venceu o Nebula e o Hugo com Watchmen. A diferença é que esses são prêmios específicos de gêneros (fantasia e ficção científica) e o prêmio do Guardian é mainstream.
Eu aredito que esse é um passo muito mais importante para o reconhecimento dos quadrinhos do que Frank Miller vender duzentas mil cópias da continuação de Cavaleiro das Trevas. Mesmo que muitas pessoas apontem o final da década de 80 e início da década de 90 como uma época fantástica para os quadrinhos, acho que hoje há uma diversidade bem maior que então.
Pena que uma fatia ínfima disso chega no Brasil.
Li muito pouco da série e dos trabalhos de Ware (só os primeiros quatro números da Acme Nolty Library), mas realmente é muito bom. Tanto Jimmy Corrigan, quando Quimby: The Mouse são uma série de pancadas na cabeça. Há momentos que é quase impossível não chorar. E sem apelações, o que é mais impressionante.
Depois de anos de espera dos fãs babões, saiu a continuação de O Cavaleiro das Trevas - considerada por muitos a melhor história do Batman já feita. Obviamente, a imprensa especializada se jogou, com entrevistas, resenhas e colunas sobre o assunto. Inclusive uma minha.
6.12.01
Não foi só a X-Men que comprei hoje. Resolvi cuidar logo dos meus presentes de Natal, antes que os shoppings fiquem impossivelmente cheios. Acabei só comprando um (e já dando, o que me condiciona a dar mais um), Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século, Acho que a melhor dedicatória que escrevi está nele. Aliás, a dúvida em comprar ou não acabou por causa da dedicatória.
Eu entrei na livraria para comprar Enquanto Agonizo, do William Faulknet, mas acabei mudando de idéia por conta d edois livros sobre quadrinhos. Um deles - Mangá: O Poder dos Quadrinhos Japoneses(Sonia Bibe Luyten, Ed Hedra) - estava na minha lista desde de 1991, quando saiu a primeira edição. Já tinha visto a sefunda edição antes, mas ou não tinha dinheiro ou estava pilhado demais para comprar outro livro.
O outro livro caiu da pratileira quando fui pegar o Mangá. Primeiro pensei em colocar de volta Quadrinhos, Sedução e Paixão, pensando que tivesse algo com psicologia (e pisocologia e quadrinhos têm uma história conjunta muito triste), mas dei uma olhada. O livro do Moacy Cirne trata de algumas questões com as quais tenho me preocupado ultimamente, como o cânone dos quadrinhos e as maneiras que esta arte pode ser entendida (cinema, desenho/pintura e literatura).
Ainda fiquei olhando torto para um livro sobre tradução que acabo de esquecer o nome e A Cor da Magia, da série Discworld, de Terry Prachett. Desisti de um por ser muito caro e do outro porque alguém que eu conheço vai comprar e me emprestar. Eu só ainda não sei quem é.
Livraria é um perigo!
Eu entrei na livraria para comprar Enquanto Agonizo, do William Faulknet, mas acabei mudando de idéia por conta d edois livros sobre quadrinhos. Um deles - Mangá: O Poder dos Quadrinhos Japoneses(Sonia Bibe Luyten, Ed Hedra) - estava na minha lista desde de 1991, quando saiu a primeira edição. Já tinha visto a sefunda edição antes, mas ou não tinha dinheiro ou estava pilhado demais para comprar outro livro.
O outro livro caiu da pratileira quando fui pegar o Mangá. Primeiro pensei em colocar de volta Quadrinhos, Sedução e Paixão, pensando que tivesse algo com psicologia (e pisocologia e quadrinhos têm uma história conjunta muito triste), mas dei uma olhada. O livro do Moacy Cirne trata de algumas questões com as quais tenho me preocupado ultimamente, como o cânone dos quadrinhos e as maneiras que esta arte pode ser entendida (cinema, desenho/pintura e literatura).
Ainda fiquei olhando torto para um livro sobre tradução que acabo de esquecer o nome e A Cor da Magia, da série Discworld, de Terry Prachett. Desisti de um por ser muito caro e do outro porque alguém que eu conheço vai comprar e me emprestar. Eu só ainda não sei quem é.
Livraria é um perigo!
Dia de Gibi Novo: X-Men 117
A coisa que mais me chamou a atenção nessa edição foram os desenhos. Não é Frank Quitely, mas Ethan VanSciver (de Cyberfrog e Impulse).
Os desenhos são até que bons, apesar de alguns erros incomodos de proporção e pesrspectiva. As expressões faciais estão bem definidas, mas parece que as páginas estão pesadas, como se fossem muito cheias de detalhes desnecessários. Não que a arte de Quitely seja minimalista ou caricatural, mas os personagens e cenários têm uma certa leveza que não têm aqui.
No tocante à história, são os desdobramentos que podiam ser esperadas de Xavier ter assumido que é mutante: protestos na frente da Escola - que está cheia de novos estudantes. É uma grande diferença de outras encarnações dos X-Men, na qual a escola estava cheia de recrutas para a equipe de campo.
Até a metade da edição, o ritmo diminui em relação à anterior, mostrando como os X-Men estão se adaptando à nova situação. O foco principal é o Fera, que - de uma forma vagamente símia - se tornou uma versão azul da Fera de A Bela e a Fera.
É difícil falar desse número sem estragar para quem não leu, mas a ameça que surge dentro dos próprios X-Men promete, principalmente quando ela coloca as mãos numa nave de combate alienígena. Eu odeio ter que esperar um mês e pouco para ler a continuação (que provavelmente também vai ser detonada em 15 minutos), mas o próprio esperar já mostra que estou gostando. Só espero que os próximos números tenham a mesma intensidade dos anteriores.
A coisa que mais me chamou a atenção nessa edição foram os desenhos. Não é Frank Quitely, mas Ethan VanSciver (de Cyberfrog e Impulse).
Os desenhos são até que bons, apesar de alguns erros incomodos de proporção e pesrspectiva. As expressões faciais estão bem definidas, mas parece que as páginas estão pesadas, como se fossem muito cheias de detalhes desnecessários. Não que a arte de Quitely seja minimalista ou caricatural, mas os personagens e cenários têm uma certa leveza que não têm aqui.
No tocante à história, são os desdobramentos que podiam ser esperadas de Xavier ter assumido que é mutante: protestos na frente da Escola - que está cheia de novos estudantes. É uma grande diferença de outras encarnações dos X-Men, na qual a escola estava cheia de recrutas para a equipe de campo.
Até a metade da edição, o ritmo diminui em relação à anterior, mostrando como os X-Men estão se adaptando à nova situação. O foco principal é o Fera, que - de uma forma vagamente símia - se tornou uma versão azul da Fera de A Bela e a Fera.
É difícil falar desse número sem estragar para quem não leu, mas a ameça que surge dentro dos próprios X-Men promete, principalmente quando ela coloca as mãos numa nave de combate alienígena. Eu odeio ter que esperar um mês e pouco para ler a continuação (que provavelmente também vai ser detonada em 15 minutos), mas o próprio esperar já mostra que estou gostando. Só espero que os próximos números tenham a mesma intensidade dos anteriores.
5.12.01
Desculpa, mas essa só funciona em inglês:
The Zen Master is visiting New York City from Tibet. He goesGenial, não? Veio do Joke a Day.
up to a hotdog vendor and says, "Make me one with
everything."
The hot dog vendor fixes a hot dog and hands it to the Zen
Master, who pays with a $20 bill.
The vendor puts the bill in the cash box and closes it.
"Where's my change?" asks the Zen Master.
The vendor responds, "Change must come from within."
4.12.01
Dia de Gibi Novo: Flex Mentallo
Finalmente consegui ler a mini-série do Flex Mentallo inteira! Oh, glorious day! Escrita por Grant Morrison e desenhada por Frank Quitely, a história não tem o mínimo medo de ser ridícula e - inclusive por isso - é fantástica. Na verdade, Flex Mentallo é uma análise da relação entre os super-heróis e seus leitores, principalmente aqueles que se iniciaram nos quadrinhos na mesma época de Morrison (fim dos anos 60). Mas qualquer um que já amou os supercaras vai reconhecer uma série de situações - inclusive algumas constrangedoras.
A história se desencolve em duas narrativas paralelas. Em uma delas, um roqueiro suicida delira ao telefone, falando de quadrinhos. Na outra Flex Mentallo procura seu companheiro de aventuras The Fact (uma brincadeira com o Questão). Acontece que o roqueiro tagarela é o criador de Flex e, enquanto um fala, o outro tenta salvar o mundo.
Cada uma das quatro edições tem um tema diferente. Sexo, amor, visões de mundo, expectivas e a natureza da realidade são examinadas à luz das idéias que se acham nos quadrinhos. Uma das coisas mais legais é quando a realidade brilhante dos quadrinhos dos anos 60 se choca com os problemas do mundo real, como drogas que dão "percepção cósmica" e matam o usuário.
Flex Mentallo é mais uma desconstrução dos super-heróis, mas diferente da maioria ela é positiva. Vale a pena, se pudesse ser encontrado. As cópias que eu li são emprestadas: há alguns anos eu encomendei uma encadernação - que nunca saiu por conta de problemas de direitos autorais com Charles Atlas - de quem Flex é uma paródia.
Finalmente consegui ler a mini-série do Flex Mentallo inteira! Oh, glorious day! Escrita por Grant Morrison e desenhada por Frank Quitely, a história não tem o mínimo medo de ser ridícula e - inclusive por isso - é fantástica. Na verdade, Flex Mentallo é uma análise da relação entre os super-heróis e seus leitores, principalmente aqueles que se iniciaram nos quadrinhos na mesma época de Morrison (fim dos anos 60). Mas qualquer um que já amou os supercaras vai reconhecer uma série de situações - inclusive algumas constrangedoras.
A história se desencolve em duas narrativas paralelas. Em uma delas, um roqueiro suicida delira ao telefone, falando de quadrinhos. Na outra Flex Mentallo procura seu companheiro de aventuras The Fact (uma brincadeira com o Questão). Acontece que o roqueiro tagarela é o criador de Flex e, enquanto um fala, o outro tenta salvar o mundo.
Cada uma das quatro edições tem um tema diferente. Sexo, amor, visões de mundo, expectivas e a natureza da realidade são examinadas à luz das idéias que se acham nos quadrinhos. Uma das coisas mais legais é quando a realidade brilhante dos quadrinhos dos anos 60 se choca com os problemas do mundo real, como drogas que dão "percepção cósmica" e matam o usuário.
Flex Mentallo é mais uma desconstrução dos super-heróis, mas diferente da maioria ela é positiva. Vale a pena, se pudesse ser encontrado. As cópias que eu li são emprestadas: há alguns anos eu encomendei uma encadernação - que nunca saiu por conta de problemas de direitos autorais com Charles Atlas - de quem Flex é uma paródia.
Agora os meninos também vão querer brincar de boneca. Brinquedos "anatomicamente corretos" das playmates começaram a ser fabricadas. Cada uma delas contem uma quantidade de plástico significativamente inferior às originais.
3.12.01
Zeitgeist tira a virgindade da irmã do Júnior - mais ou menos. Slash fiction nacional da melhor qualidade. Ô mente suja a do sujeito (como se ele fosse o primeiro a pensar no assunto).
Uma das coisas que mais gosto em Player versus Player é a falta de coerência interna das tiras - mais ou menos como em Simpsons. A história que está rolando, onde o Francis inventa o videogame definitivo é um exemplo perfeito.
Já tem mais de dez anos que eu leio a Capricho - primeiro as das amigas, depois da minha irmã, hoje da assinatura que ninguém lembra de cancelar. Há alguns anos tenho notado uma queda de qualidade, mas como não sou eu quem paga, não ligo muito que a revista tenha se tornado uma mistura de Contigo com Nova (com direito à esquizofrenia no julgamento das atitudes masculinas e femininas).
Uma coisa me chamou a atenção na última edição (e não foi a "cobertura" do "namoro" do Supla e da Bárbara Paes na capa): um guia para escrever uma carta de amor sem ser piegas. Eu não sei qual é a faixa estária ideal da leitora da Capricho, mas imagino que elas devem ficar interessadas (ou "apaixonadas", como diria uma menina-capricho) por caras no limite do analfabetismo. A "carta" tem dois parágrafos.
Imagino que aquele modelinho vai ser seguido a exaustão, igualzinho aquele que os professores de redação tentam enfiar pela goela dos alunos nos cursinhos. Mesmo assim deve ser legal receber uma de qualquer jeito, a não ser que o anormal leia a revista.
Uma coisa me chamou a atenção na última edição (e não foi a "cobertura" do "namoro" do Supla e da Bárbara Paes na capa): um guia para escrever uma carta de amor sem ser piegas. Eu não sei qual é a faixa estária ideal da leitora da Capricho, mas imagino que elas devem ficar interessadas (ou "apaixonadas", como diria uma menina-capricho) por caras no limite do analfabetismo. A "carta" tem dois parágrafos.
Imagino que aquele modelinho vai ser seguido a exaustão, igualzinho aquele que os professores de redação tentam enfiar pela goela dos alunos nos cursinhos. Mesmo assim deve ser legal receber uma de qualquer jeito, a não ser que o anormal leia a revista.
I came to realize that to study poetry was to replicate the way we learn and think. When we read a poem, we enter the consciousness of another. It requires that we loosen some of our fixed notions in order to accommodate another point of view -- which is a model of the kind of intellectual openness and conceptual sympathy that a liberal education seeks to encourage.Billy Collins, em The Companionship of a Poem.
No final do ano passado, vazou a notícia que Dean Kamen estava trabalhando num projeto mais revolucionário que a Internet. Muito se especulou a respeito - que seria um veículo movido a hidrogênio, por exemplo - mas agora que Ginger foi revelado, não deixa de ser um pouco decepcionante.
1.12.01
Attack of the Condensed Comics Classics!
G.I. JOE (IMAGE) by Brent Keane:
Flint: Yo, Joe!
Cobra Commander: Cobra!
Snake Eyes:
Será que é mais legal (e produtivo) escrever em uma cabana ou nos cantos que se encontra pela cidade? Qualquer dia desses eu vou comprar um laptop e começar a escrever em lojas 24 horas. O título vai ter que ser em inglês: Convenience Stories
Nos anos setenta, certas feministas radicais concluíram - sem muitas bases estatísticas ou científicas - que 40% das americanas eram abusadas sexualmente por familiares. Os números - falsos - eram inflados pela teoria das memórias reprimidas, que levaram muita gente inocente para a cadeia.
29.11.01
Dia de Gibi Novo: Kling Klang Klatch
Fui entrevistar umas pessoas em uma loja de RPG hoje e acabei dando uma olhada nuns gibis. A loja não compra revistas novas há algum tempo, mas parece que alguém despejou a acoleção lá recentemente. Uma das coisas que me chamou a atenção foi Kling Klang Klatch, de Ian McDonald e David Lyttleton.
Não me lembro de ter ouvido falar em nenhum dos dois ou na história antes, mas o preço era bem atraente para uma graphic novel daquela qualidade de impressão e volume. Então, resolvi arriscar. Ainda não li muita coisa, mas o que li me agradou. A história começa com um detetive investigando um crime racial: uma panda foi morta em Pandatown. Até agora, a história parece Blade Runner escrito por Raymond Chandler, mas com ursinhos no lugar de pessoas. A arte é perfeitamente apropriada para a história, constrastando os tons brilhantes e vivos dos livros infantis com um traço adulto e às vezes nervoso.
Devo ter hesitado um minuto para comprar, mas lembrei que ele estava esgotado. Ela foi publicada pelo selo VG, que deve ter acabado. As outras duas graphics deles que li foram Signal to Noise (de Neil Gaiman e Dave McKean) e A Small Killing (de Alan Moore e Oscar Zarete). As duas são dificílimas de encontrar e, infelizmente, estão entre os melhores trabalhos dos autores.
Fui entrevistar umas pessoas em uma loja de RPG hoje e acabei dando uma olhada nuns gibis. A loja não compra revistas novas há algum tempo, mas parece que alguém despejou a acoleção lá recentemente. Uma das coisas que me chamou a atenção foi Kling Klang Klatch, de Ian McDonald e David Lyttleton.
Não me lembro de ter ouvido falar em nenhum dos dois ou na história antes, mas o preço era bem atraente para uma graphic novel daquela qualidade de impressão e volume. Então, resolvi arriscar. Ainda não li muita coisa, mas o que li me agradou. A história começa com um detetive investigando um crime racial: uma panda foi morta em Pandatown. Até agora, a história parece Blade Runner escrito por Raymond Chandler, mas com ursinhos no lugar de pessoas. A arte é perfeitamente apropriada para a história, constrastando os tons brilhantes e vivos dos livros infantis com um traço adulto e às vezes nervoso.
Devo ter hesitado um minuto para comprar, mas lembrei que ele estava esgotado. Ela foi publicada pelo selo VG, que deve ter acabado. As outras duas graphics deles que li foram Signal to Noise (de Neil Gaiman e Dave McKean) e A Small Killing (de Alan Moore e Oscar Zarete). As duas são dificílimas de encontrar e, infelizmente, estão entre os melhores trabalhos dos autores.
Falando em não aparecer, o Aoristo está com cara nova - mas ainda cinza. Além dos arquivos que estão no ar, continuo com os Amores Breves.
Engraçado, quando eu escrevi a série, há quase dois anos, o nome só estava copiando o Italo Calvino. Depois veio Amores Perros e Amores Possíveis e provavelmente mais uns que nem ouvi falar.
Engraçado, quando eu escrevi a série, há quase dois anos, o nome só estava copiando o Italo Calvino. Depois veio Amores Perros e Amores Possíveis e provavelmente mais uns que nem ouvi falar.
Ontem foi um dia morto para as letrinhas. Além de blogs, só uma passeada rápida por links onde salvei muito coisa e não li nada. Além disso, reli a introdução de Cultura da Interface para um grupo de discussões na faculdade e uns pedaços do Da Criação ao Roteiro, do Doc Comparato.
Passei o dia todo procurando músicas, gravando cds e tentando definir a ordem que vou tocar hoje no Aquarela Café (na av. Oceânica Barra - a partit das 21:00, entrada franca), num projeto do Pragatecno. Aparece lá. (Ceeeeerrrto. Como se alguém estivesse aparecendo aqui).
Passei o dia todo procurando músicas, gravando cds e tentando definir a ordem que vou tocar hoje no Aquarela Café (na av. Oceânica Barra - a partit das 21:00, entrada franca), num projeto do Pragatecno. Aparece lá. (Ceeeeerrrto. Como se alguém estivesse aparecendo aqui).
28.11.01
Hoje eu vi um cara repetindo a história do hamster no microondas - dessa vez com um gato - como se fosse verdade e novidade. Acho que ele ia se deliciar, sem entender, com o Unreliable Facts from The Brains Trust, de onde saem coisas como esta: "Who's who?" was originally the title of an ornithological text on the recognition of the cries of owls at night. Se bem que às vezes uma coisa absurda surpreende e é verdade.
O jornalista Claudio Julio Tognolli está lançando um livro sobre os clichês na imprensa brasileira. Isso me deu uma idéia de uma nova função - útil - para o Microsoft Word: um detector de clichês. Muito melhor que aquele clipezinho cretino.
27.11.01
Está historicamente provado que - para lidar com questões complexas - proibir sem muitos debates é a melhor maneira de agir. As drogas são um excelente exemplo, tendo resolvido completamente um problema que nem se sabe direito qual é. É um excelente exemplo de como lidar com a clonagem.
Claro que, como disse nosso moralíssimo presidente, a "ética impõe limites à pesquisa científica", mas as questões morais não são discutidas? Ou são resolvidas por decreto - divino ou do rei? Aliás, parece haver uma certa tendência mundial para misturar religião e bio-ética.
Claro que, como disse nosso moralíssimo presidente, a "ética impõe limites à pesquisa científica", mas as questões morais não são discutidas? Ou são resolvidas por decreto - divino ou do rei? Aliás, parece haver uma certa tendência mundial para misturar religião e bio-ética.
Claro que já dava para esperar um alto grau de idéias que me incomondariam em uma matéria com esse título, mas realmente surpreendeu. O autor sugere que, para evitar futuros seqüestros de aviões, seja feito um dossiê de cada passageiro. Assim, seria possível determinar quais teriam mais chances de causar problemas: estrangeiros, pessoas que ganham pouco e sem residência fixa, por exemplo.
Tornar os aviões inúteis para os sequestradores, nem pensar; isso não dá dinheiro para especialistas em segurança eletrônica.
Tornar os aviões inúteis para os sequestradores, nem pensar; isso não dá dinheiro para especialistas em segurança eletrônica.
Lembre-se que o roteiro é como um substantivo - uma pessoa num lugar vivendo sua "coisa".Impressão minha ou isso não faz nenhum sentido? Está no Manual do Roteiro, de Syd Field.
O livro é bom, apesar de um pouco formulático demais (tipo, "tal coisa deve acontecer aos 25 minutos"). Só não sei por que eu estou lendo um livro sobre roteiros de longas se estou escrevendo um para 5 minutos. So fucking typical.
Atitude Contrapruducente - Sugerindo Blogs Legais
O primeiro blog de um político que eu encontrei é o de Júlio César.
O primeiro blog de um político que eu encontrei é o de Júlio César.
26.11.01
Quando a Internet começou a se espalhar pela comunidade acadêmica no início da década de 90 ela tinha uma estrutura aberta capaz de ser o ambiente para inovações. As coisas continuaram assim até meados da década - quando surgiram dezenas de novas aplicações. Mas, de forma não muito sutil, as coisas estão mudando. Hoje, é mais interessante ter um bom advogado que uma boa idéia e trabalhar para implementá-la.
Dispensing with the notion that physical assaults involve physical proximity is no great leap for law enforcement today. The F.B.I. apparently wants to go even further than the prosecutor in the Maxwell case, who can at least point to an actual, not virtual, instance of sexual penetration. Maxwell was not prosecuted simply for talking to his victim; he was prosecuted for the actions he persuaded her to take. The F.B.I. has suggested that people should be prosecuted for thoughts as well as actions. As Thomas T. Kubic, deputy assistant director of the F.B.I.'s Criminal Investigative Division, testified before Congress in June, ''The F.B.I. fully supports the Department of Justice's view that any legislation affecting the Internet should: 1) treat physical activity and 'cyber' activity in the same way.''Um americano está sendo julgado por estupro por ter instruído - por telefone - uma menina de dez anos a executar certas ações.
Concordo que o cara está errado e merece ser punido, mas eu achava que estupro era outra coisa. Além disso, o caso parece abrir um precedente muito perigoso.
24.11.01
Lego - um dos melhores brinquedos do mundo - fica ainda melhor se acompanhado de uma câmera digital.
The Brick Testament: Histórias da Bíblia ilustradas por Legos.
The Brick Testament: Histórias da Bíblia ilustradas por Legos.
ChiaroscuroAlan Moore, em Alan Moore's Songbook
The black-and-whites prowl inbetween the angry chalk and bitter ash
And black girls boosting tv scatter, shadows from a camera flash.
Two old guys find their chekers-boards and lawn-chairs smoldering in trash,
Sit outside the gutted general store and play.
The sun hangs zebra skins of shadow down below the fire escapes
At white-wash trials the jury sort the angelinos from the apes
On videotape the play of light and dark defines the hidden shapes
But every playback smudges them to gray.
And from the blackboard jungles to the white house now it's understood
The color of your stetson's all that separates the bad from good
A tar-and-feather perfume lingers on black shirt and daz-white hood
There's flecks of blood upon a black beret.
And white lies on black vinyl theach how to ebonies and ivories
Can put their balance in the black while white suburban families
Buy records, yet upon the subject of the cracks between the keys.
They find they haven't anything to say.
Through headline-colored cities flicker visions from the silent age
We're given bars of dark and slats of light with to build our cage
The minstrel show the only act we know and life is but a stage
Where right and wrong make weary cabaret.
As God and Satan, Mazda and Ahriman, Set and Ra they guise
While from the gods, in penguin suits, we hiss, applaud and moralize
Then walk home through the cocaine and the cinders, nurse our alibis
And in the chiaroscuro steal away.
23.11.01
Jimmy Corrigan está na seleção final do Guardian First Book Award. Até hoje, eu só li uns capítulos que estão em umas Acme Novelty Library. mas pelo que vi, a história é muito legal e bem diferente da maioria dos quadrinhos e mesmo das graphic novel. A arte é muito boa e os eventos muito perturbadores. Mal posso esperar para ler o negócio inteiro.
A última edição do NetFuture foi a melhor que já vi. Nela, Stephen Talbott faz uma comparação entre a techne dos gregos à luz do Ulisses da Odisséia e a maneira que a tecnologia é percebida e assimilada por nós atualmente. Como é típico do autor, ele chega a conclusões nada lisongeiras para nós, mas o argumento é muito bem exposto.
Another thing that bothers me about this multiculturalism is when people ask me: 'How can you be sure that you are not a racist?' My answer is that there is only one way. If I can exchange insults, brutal jokes, dirty jokes, with a member of a different race and we both know it's not meant in a racist way. If, on the other hand, we play this politically correct game - 'Oh, I respect you, how interesting your customs are' - this is inverted racism, and it is disgusting.Slavoj Zizek, filósofo esloveno de quem nunca tinha ouvido falar em entrevista à Spiked.
A entrevista é cheia de trechos interessantes, girando principalmente em torno de como a percepção de que vivemos em um mundo pós-político dificulta a resolução de conflitos, e o multiculturalismo é parte desse problema. (RSF)
22.11.01
Pode-se avaliar os danos à saúde causados pelo uso de espartilhos, sapatos altos ou muito apertados. Mas é realmente possível dizer como as mulheres de outros tempos percebiam essas vestimentas? Muitos fatores além das perversões sexuais dos homens influíram e influem nessas práticas. Quem sabe elas até gostavam... (RSF)
Dia de Gibi Novo: Transmetropolitan - Gouge Away e Hellblazer - Hard Time
Desde que Hard Time saiu, fiquei com coceira para ler: Jonh Constantine (mago e completo filho da puta) cumprindo pena em uma penitenciária de segurança máxima. Claro que o cara estava lá por vontade própria e que iria arrumar muitos problemas para e com os outros prisioneiros.
Tirando o motivo que levou Constatine para a prisão, a história é ótima. Se o resto das coisas de Brian Azzarello forem tão boas quanto Hard Time ele merece toda a atenção que está chamando. Cada um dos cinco capítulos é narrado por um personagem diferente, mostrando mais detalhadamente o impacto que o inglês causa por onde passa. As ilustrações de Richard Corben servem muito bem ao roteiro, explorando as expressões faciais e fortalecendo a opressão do roteiro.
Gouge Away é fantástica, como foi a história imediatamente anterior, Lonely City. Depois de completamente fudido, Spider Jerusalem começa a trabalhar sua vingança contra o presidente dos EUA. Não vingança "matar-esmagar-destruir", mas aquela típica dos jornalistas: exibir os podres. E haja podre na vida do cara.
Apesar de alguns exageros no comportamento de Jerusalem, acho que a série trata de algumas questões muito importantes sobre os media e a política. Os eventos se desenrolam num futuro cyberpunk que só tem diferenças suficientes do presenta para contribuir para o clima da série, o que contrinui muito para a relevância das histórias. Por outro lado, o mundo de Transmetropolitan é muito, mas muito mais intenso que o nosso. Mais ou menos como nossos dias pareceriam para alguém saído da década de 20. (RSF)
Desde que Hard Time saiu, fiquei com coceira para ler: Jonh Constantine (mago e completo filho da puta) cumprindo pena em uma penitenciária de segurança máxima. Claro que o cara estava lá por vontade própria e que iria arrumar muitos problemas para e com os outros prisioneiros.
Tirando o motivo que levou Constatine para a prisão, a história é ótima. Se o resto das coisas de Brian Azzarello forem tão boas quanto Hard Time ele merece toda a atenção que está chamando. Cada um dos cinco capítulos é narrado por um personagem diferente, mostrando mais detalhadamente o impacto que o inglês causa por onde passa. As ilustrações de Richard Corben servem muito bem ao roteiro, explorando as expressões faciais e fortalecendo a opressão do roteiro.
Gouge Away é fantástica, como foi a história imediatamente anterior, Lonely City. Depois de completamente fudido, Spider Jerusalem começa a trabalhar sua vingança contra o presidente dos EUA. Não vingança "matar-esmagar-destruir", mas aquela típica dos jornalistas: exibir os podres. E haja podre na vida do cara.
Apesar de alguns exageros no comportamento de Jerusalem, acho que a série trata de algumas questões muito importantes sobre os media e a política. Os eventos se desenrolam num futuro cyberpunk que só tem diferenças suficientes do presenta para contribuir para o clima da série, o que contrinui muito para a relevância das histórias. Por outro lado, o mundo de Transmetropolitan é muito, mas muito mais intenso que o nosso. Mais ou menos como nossos dias pareceriam para alguém saído da década de 20. (RSF)
21.11.01
Uma das coisas mais legais e mais idiotas da minha infância eram Os Super-Amigos. Às vezes me lembro dos episódios que mais gosto, como o que o Batman e a Mulher-Maravilha vão sozinhos para Gotham (com aparições de Diana Prince e Bruce Wayne) ou aquele que conta a origiem de alguns dos personagens. E nunca consigo lembrar o nome da nave da Legião do Mal.
Esse site é bem legal, mas não ajuda em nada minha absurda falha de memória. (RSF)
Esse site é bem legal, mas não ajuda em nada minha absurda falha de memória. (RSF)
20.11.01
George W.'s ties to oil don't prove that the industry decides our every foreign policy move. But they do just about guarantee, for all practical purposes, that nothing significant will change in American energy policy. With Bush-Cheney in power, oil addiction is here to stay.Trecho da primeira parte de um artigo da Salon sobre a adminstração americana atual e sua relação com a indústria de petóleo. A segunda parte já está no ar. (RSF)
The fusion of oil and politics is a Bush family tradition. For generations, the Bushes and their friends have been shuttling back and forth between energy industry boardrooms and Washington's hallowed halls.
Está no ar o segundo número de minha coluna no Omelete. Em Uma Luz no Fundo do Poço? eu faço alguns comentários sobre a buraqueira financeira da Marvel e como isso pode ser uma possibilidade interessante para os quadrinhos.
A reação ao texto anterior foi boa. Recebi meia dúzia de e-mails, quase todos muito inteligentes e contrapondo bem as minhas críticas. O legal é que as pessoas estão respondendo à provocação. Vamos ver dessa vez. (RSF)
A reação ao texto anterior foi boa. Recebi meia dúzia de e-mails, quase todos muito inteligentes e contrapondo bem as minhas críticas. O legal é que as pessoas estão respondendo à provocação. Vamos ver dessa vez. (RSF)
Dia de Gibi Novo: American Flagg e Alan Moore's Songbook
Além de escrever quadrinhos, Alan Moore faz outras coisas. Ele é um mago, poeta e artista performático, tendo inclusive alguns discos gravados com suas performances (procure no Audiogalaxy). Alan Moore's Songbook traz os poemas/letras ilustrados por diversos artistas de quadrinhos. Entre eles, Neil Gaiman (eu sei que ele é escritor, mas de vez em quando ele ataca de desenhista), Arthur Adams, Terry Moore e Dave Gibons. Até o momento, só li The Hair of the Snake that Bit me e Trampling TokYo. Gostei muito das duas. Devo mandar as letras que mais gostar para cá algum dia essa semana.
Há muitos anos atrás (final de 90, quando tinha 12 anos), eu achei um gibi no lixo indo para a aula de inglês. Como ele estava até que limpo, levei o negócio para casa. Li e não gostei muito. Além da história parecer já ter começado mesmo sendo o número 1, as coisas eram meio confusas. Mesmo assim, comprei o segundo número. A mesma coisa. Pessoas fazendo sexo a torto e a direito, bebendo e uma história besta onde um policial (que era ex-ator de filmes pornôs) levava um time de basquete para uma turnê pela América do Sul.
Eu detestei tanto a história que recortei os desenhos - que eram legais - para colar em coisas. Que moleque burro eu era.
Há uns três anos, resolvi dar uma nova chance à American Flagg!. Claro que tive que comprar de novo. Comprei a encadernação que apresentava os personagens e os números que achei. Resumindo: muito do caralho.
American Flagg! é a melhor coisa que a Howard Chaykin já fez. Uma história cyberpunk sem as redes de computadores, ela era uma extrapolação do início dos anos 80, época em que foi escrita. Por incrível que pareça, não ficou nada datado. As coisas se desenvolvem num futuro onde quase todos os países se despedaçaram. Os EUA são um punhado de cidades-estado/shoppings administrados por uma corporação com base em Marte. A Rússia, a Inglaterra, Cuba e o Brasil também foram pro pau. Com isso, surgiram dezenas de grupos radicais e picaretas querendo dominar a situação.
O protagonista é o tal ex-ator pornô, um judeu (isso é importante, ele Chaykin faz questão de lembrar o leitor disso em todas as edições) chamdo Reuben Flagg. Depois que ele foi substituído por imagens de síntese, resolveu colacar em uso seu treinamento e acabou se tornando o Plexus Ranger responsável por Chicago.
Hoje, chegou a encomenda com os três números que eu não tinha. Infelizmente, a história não termina neles - só a tradução brasileira.
Eu recomendo a história, principalemente para quem gosta de ficção científica realista ou quadrinhos cinematográficos. Infelizmente ela não está disponível nem em encadernações americanas, por causa da falência da editora.
Mas, como o cara só vendia o pacote completo, estou cheio de duplicatas. E estou dando para a primeira pessoa que me escrever um e-mail pedindo, dizendo por que quer e o que gosta de ler.
Eu não sou um doce? (RSF)
Além de escrever quadrinhos, Alan Moore faz outras coisas. Ele é um mago, poeta e artista performático, tendo inclusive alguns discos gravados com suas performances (procure no Audiogalaxy). Alan Moore's Songbook traz os poemas/letras ilustrados por diversos artistas de quadrinhos. Entre eles, Neil Gaiman (eu sei que ele é escritor, mas de vez em quando ele ataca de desenhista), Arthur Adams, Terry Moore e Dave Gibons. Até o momento, só li The Hair of the Snake that Bit me e Trampling TokYo. Gostei muito das duas. Devo mandar as letras que mais gostar para cá algum dia essa semana.
Há muitos anos atrás (final de 90, quando tinha 12 anos), eu achei um gibi no lixo indo para a aula de inglês. Como ele estava até que limpo, levei o negócio para casa. Li e não gostei muito. Além da história parecer já ter começado mesmo sendo o número 1, as coisas eram meio confusas. Mesmo assim, comprei o segundo número. A mesma coisa. Pessoas fazendo sexo a torto e a direito, bebendo e uma história besta onde um policial (que era ex-ator de filmes pornôs) levava um time de basquete para uma turnê pela América do Sul.
Eu detestei tanto a história que recortei os desenhos - que eram legais - para colar em coisas. Que moleque burro eu era.
Há uns três anos, resolvi dar uma nova chance à American Flagg!. Claro que tive que comprar de novo. Comprei a encadernação que apresentava os personagens e os números que achei. Resumindo: muito do caralho.
American Flagg! é a melhor coisa que a Howard Chaykin já fez. Uma história cyberpunk sem as redes de computadores, ela era uma extrapolação do início dos anos 80, época em que foi escrita. Por incrível que pareça, não ficou nada datado. As coisas se desenvolvem num futuro onde quase todos os países se despedaçaram. Os EUA são um punhado de cidades-estado/shoppings administrados por uma corporação com base em Marte. A Rússia, a Inglaterra, Cuba e o Brasil também foram pro pau. Com isso, surgiram dezenas de grupos radicais e picaretas querendo dominar a situação.
O protagonista é o tal ex-ator pornô, um judeu (isso é importante, ele Chaykin faz questão de lembrar o leitor disso em todas as edições) chamdo Reuben Flagg. Depois que ele foi substituído por imagens de síntese, resolveu colacar em uso seu treinamento e acabou se tornando o Plexus Ranger responsável por Chicago.
Hoje, chegou a encomenda com os três números que eu não tinha. Infelizmente, a história não termina neles - só a tradução brasileira.
Eu recomendo a história, principalemente para quem gosta de ficção científica realista ou quadrinhos cinematográficos. Infelizmente ela não está disponível nem em encadernações americanas, por causa da falência da editora.
Mas, como o cara só vendia o pacote completo, estou cheio de duplicatas. E estou dando para a primeira pessoa que me escrever um e-mail pedindo, dizendo por que quer e o que gosta de ler.
Eu não sou um doce? (RSF)
19.11.01
Licença maternidade, folgas para levar as crianças no dentista, nunca trabalhar nos feriados... Depois de dácadas de prejuízos, as mulheres com filhos estão sendo beneficiadas (e aproveitando) além da conta? Algumas mulheres que escolheram não ter filhos acham que sim, tentando combater o "argumento" tão usado pelas mamães: "você não sabe como é duro". (RSF)
Nos Estados Unidos um best seller de ficção é um livro que vendeu vinte e cinco mil cópias. E o mercado de lá parece bem mais saudável que o daqui. Parece que não importa muito onde, esse negócio de ler não é muito levado a sério. Ou a sério demais, dando muito trabalho e tal. (RSF)
Eu não ligo para o Roberto Carlos. Não faz parte das coisas que ouvi crescendo ou que descobri depois. Mas todas as histórias em torno do Acústico são muito interessantes. (RSF)
Andrew O'Hehir, crítico de cinema da Salon acha que 2001 foi um ano muito bom para os filmes. Apesar de não ter visto Amores Perros sou obrigado a concordar. Claro que os filmes que eu quero ver (Ghost World e Mullanhood Drive) não vão chegar aqui tão cedo... (RSF)
17.11.01
Eu quero tudo das Meninas Superpoderosas! Tudo!
Pelo menos o panetone deve ter em tamanho adulto, na falta das camisetas. (RSF)
Pelo menos o panetone deve ter em tamanho adulto, na falta das camisetas. (RSF)
Ataque de Burrice: Wizard
Você tem acesso à Internet, não tem? Então não compre a Wizard nacional (ou a americana). Me senti como se tivesse trocado os R$6,80 por um bolinho de matérias velhas impressas da rede. Tanto os textos nacionais quanto os traduzidos são muito fracos, querendo falar de coisas demais e não aprofundando nada. Sem falar nas piadinhas no meio e na redação travada.
O pior é que já imaginava que ia ser assim. Mas vai lá a besta e paga para dar uma força, ver e tem alguma coisa legal nas matérias brasileiras...
Não sei se a revista tem lugar no mercado. Muito pouca gente que pode pagar sete paus numa revista sobre quadrinhos não tem acesso à rede. Com sites como o Omelete e o Universo HQ, além das listas de discussão, ninguém precisa pagar para ter um material meieiro. (RSF)
Você tem acesso à Internet, não tem? Então não compre a Wizard nacional (ou a americana). Me senti como se tivesse trocado os R$6,80 por um bolinho de matérias velhas impressas da rede. Tanto os textos nacionais quanto os traduzidos são muito fracos, querendo falar de coisas demais e não aprofundando nada. Sem falar nas piadinhas no meio e na redação travada.
O pior é que já imaginava que ia ser assim. Mas vai lá a besta e paga para dar uma força, ver e tem alguma coisa legal nas matérias brasileiras...
Não sei se a revista tem lugar no mercado. Muito pouca gente que pode pagar sete paus numa revista sobre quadrinhos não tem acesso à rede. Com sites como o Omelete e o Universo HQ, além das listas de discussão, ninguém precisa pagar para ter um material meieiro. (RSF)
"Deus me vê". Imagino como é viver com essa idéia na cabeça - principalmente levando-a a sério. E fico imaginando como as pessoas que têm isso escrito dentro da cabeça iam agir se descobrissem que não há deus nenhum para ver. Quem age certo porque Deus vê está mesmo agindo corretamente? Ou só está pensando num lucro a longo prazo? (RSF)
Acho que não gosto esse negócio de "fantasia" (como em Harry Potter, Tolkien e Dungeons & Dragons). Ou, melhor, não me empolga. O filme já está aí e não consigo me interessar o suficiente para ler O Senhor dos Anéis. Além disso, achei o primeiro livro do Potter, extremamente sem graça (tirando as jujubas de todos os sabores). Claro que vou ver os filmes, mas eu assisti até Legalmente Loira. (RSF)
16.11.01
Você já assistiu um filme pornô, não assistiu? E um desenho japonês? Não Pokémon, mas alguma coisa mais despropositada, como Sailor Moon, Ranma ou Tenchi; coisas com elementos fantásticos, mas que ao mesmo tempo tentam convencer você que não há nada demais acontecendo. Entendeu a relação?
Agora imagine assistir o cruzamento dos dois por oito horas seguidas. Pelo menos os "diálogos" são mais criativos que "Yes! Fuck me baby!" (RSF)
Agora imagine assistir o cruzamento dos dois por oito horas seguidas. Pelo menos os "diálogos" são mais criativos que "Yes! Fuck me baby!" (RSF)
15.11.01
Hoje vi em um dos canais universitários, uma professora de língua portuguesa respondendo à velha pergunta: "o português de Portugal e o do Brasil vão se tornar línguas diferentes?" A reposta dela - "sim" - me deixou espantado. Nem tanto pelo sim, mas por supor um percurso para o português semelhante ao que o latim percorreu até se dividir em um monte de línguas. A mulher parecia ignorar a velocidade com que as palavras de diferentes idiomas se espalham e se misturam, seja por eventos mundiais ou influências mais sinistras.
Ainda bem que eu não estudo lá. (RSF)
Ainda bem que eu não estudo lá. (RSF)
14.11.01
Não é bem uma leitura do dia, mas uma ferramenta de uso constante. O Bartleby é um site que coleciona diversas obras de referência em língua inglesa, inclusive o dicionário de literatura do mesmo nome.
Ainda não achei nada parecido em português, mas os dicionários da Porto Editora vão quebrando o galho. (RSF)
Ainda não achei nada parecido em português, mas os dicionários da Porto Editora vão quebrando o galho. (RSF)
Some Thoughts on Clint Eastwood and Heidegger. Se o título não chamou sua atenção, é meu comentário que vai chamar? (RSF)
I do think that as long as the American people want to win this war, the tactical mistakes don't really matter that much. If you're absolutely determined to build a house, in the long run it won't matter if you used the wrong kind of nails by mistake. You'll just pull them out and start over.Tem gente que não entende nunca. Jonah Goldberg - editor da revista direitista National Reviewque escreveu o texto de onde saiu este trecho - deve ser um desses. (RSF)
13.11.01
Se as idéias malucas que tem aparecido fossem verdadeiras, essa guerra ia ser bem mais legal que a de 1941. (RSF)
If you write one well-reviewed, well-respected, not bad selling, but not a bestseller list book every three years, which you sell for a whopping 30,000 pounds, that's still going to average out to 10,000 pounds a year and you will make more managing a McDonald's. With overtime you'd probably make more working in a McDonald's.Neil Gaiman, em uma entrevista muito boa. Entre outras coisas, ele esclarece a confusão de identidades entre dois meninos magos, um bem mais famoso.
E é impressão minha ou ele está a cara do Bob Dylan? (RSF
Estou mudando de e-mail de rsilver@e-net.com.br para rodolfosfilho@terra.com.br. O e-mail antigo funcionará até o dia 20.11. (RSF)
12.11.01
Dia de Gibi Novo: Video Girl Ai e Sin City Especial - Apenas Outra Noite de Sábado
Muito perigosos essas revistinhas japonesas. Fofinhas, pequenininhas, baratinhas (R$2,90, 95 páginas) e com um monte diferente nas bancas. Eu que não queria ir com uma criança até uma banca bem estocada desses mangazinhos.
Video Girl até é divertida, mas me apela menos que Sakura - justamente por ser um pouco mais "adulta". É uma daquelas histórias de poligonos amorosos: um cara gosta de uma menina, que gosta do amigo dele. Depois de um fora, o cara encontra uma locadora onde só podem entrar os puros de coração (sério), aluga uma fita semi-pornô e vai para casa assistir. O vídeo dá um pau e sai uma menina - a Video Girl Ai - que tem como objetivo consolá-lo. Obviamente, ele não quer nada com Ai, que resolve dar uma força para conquistar a menina que ele gosta.
Não vi muita graça, achei meio sentimentalóide. Esperava algo mais engraçado. E a arte é muito escura para a qualidade do papel.
Em compensação, Sin City não é nem baratinha, nem tem todo o dia e muito menos é bonitinha. Mas a arte e os roteiros de Miller são excelentes, algo que percorre sem problemas a linha entre o noir e o pulp. Acho que demorei uns cinco minutos para ler, e mesmo assim os R$5,50 valeram. De brinde, uma galeria de pin-ups feitos por artistas brasileiros, todos muito bons. (RSF)
Muito perigosos essas revistinhas japonesas. Fofinhas, pequenininhas, baratinhas (R$2,90, 95 páginas) e com um monte diferente nas bancas. Eu que não queria ir com uma criança até uma banca bem estocada desses mangazinhos.
Video Girl até é divertida, mas me apela menos que Sakura - justamente por ser um pouco mais "adulta". É uma daquelas histórias de poligonos amorosos: um cara gosta de uma menina, que gosta do amigo dele. Depois de um fora, o cara encontra uma locadora onde só podem entrar os puros de coração (sério), aluga uma fita semi-pornô e vai para casa assistir. O vídeo dá um pau e sai uma menina - a Video Girl Ai - que tem como objetivo consolá-lo. Obviamente, ele não quer nada com Ai, que resolve dar uma força para conquistar a menina que ele gosta.
Não vi muita graça, achei meio sentimentalóide. Esperava algo mais engraçado. E a arte é muito escura para a qualidade do papel.
Em compensação, Sin City não é nem baratinha, nem tem todo o dia e muito menos é bonitinha. Mas a arte e os roteiros de Miller são excelentes, algo que percorre sem problemas a linha entre o noir e o pulp. Acho que demorei uns cinco minutos para ler, e mesmo assim os R$5,50 valeram. De brinde, uma galeria de pin-ups feitos por artistas brasileiros, todos muito bons. (RSF)
Terminei outro dia a segunda parte de Do Inferno. Não decepciona, depois dos fantásticos capítulos de abertura. Infelizmente, agora vou ter que esperar o resto ser publicado. Tenho a impressão - que não posso confirmar, já que emprestei o primeiro volume - que a edição (capa, papel, encadernação) é pior que a do anterior.
A maçonaria tem um papel importante - o de vilão - em Do Inferno. Com o filme, alguns maçons ficaram preocupados com os prejuízos a sua imagem. Os quadrinhos eram menos preocupantes, por conta do público reduzido e do apêndice explicando o que é realidade os motivos de determinadas escolhas.
Por sinal, vi o trailer do filme. Não empolgou, mas vou ver de qualquer jeito. (RSF)
A maçonaria tem um papel importante - o de vilão - em Do Inferno. Com o filme, alguns maçons ficaram preocupados com os prejuízos a sua imagem. Os quadrinhos eram menos preocupantes, por conta do público reduzido e do apêndice explicando o que é realidade os motivos de determinadas escolhas.
Por sinal, vi o trailer do filme. Não empolgou, mas vou ver de qualquer jeito. (RSF)
9.11.01
Acho que jogo menos de cem horas de videogames por ano. Mesmo assim não deixo de ficar interessado quando aparecem novos consoles, jogos com abordagens diferentes ou novas aplicações para a tecnologia desenvolvida para os jogos. Apesar de me interessar muito pela forma, acho que os jogos aproveitam muito menos do que poderiam as possibilidades técnicas e conceituais. (RSF)
Encontrei uma revista sobre quadrinhos muito boa esses dias, a Borderline. A revista é uma revista eletrônica, não um site: é preciso baixar o arquivo contendo as páginas da revista toda. Pode demorar, mas vale a pena.
Até agora, eu baixei os números 3 e 4. A abordagem é bem diferente de uma Wizard, por exemplo e os textos em geral são muito bons, tanto as colunas quanto as matérias.a cobertura é bem variada,com boas matérias sobre quadrinhos europeus e japoneses, fanzines, quadrinhos independentes e super-heróis, além de bons textos sobre Ziraldo e Maurício de Souza.
A qualidade e quantidade das imagens justifica baixar a versão em alta resolução, que tem quase quatro vezes o tamanho da outra. (RSF)
Até agora, eu baixei os números 3 e 4. A abordagem é bem diferente de uma Wizard, por exemplo e os textos em geral são muito bons, tanto as colunas quanto as matérias.a cobertura é bem variada,com boas matérias sobre quadrinhos europeus e japoneses, fanzines, quadrinhos independentes e super-heróis, além de bons textos sobre Ziraldo e Maurício de Souza.
A qualidade e quantidade das imagens justifica baixar a versão em alta resolução, que tem quase quatro vezes o tamanho da outra. (RSF)
A Lingua Franca - revista dedicada ao meio acadêmico americano e uma excelente leitura - foi cancelada. Ninguém sabe bem os motivos, mas parece que o editor do melhor weblog que conheço tem algum papel muito feio na história. O caso é complicado. (RSF)
Ernst Gombrich - crítico e teórico de arte e autor de Arte e Ilusão e Uma História da Arte - morreu no último sábado. (RSF)
8.11.01
Mais um pequeno passo na minha tentativa de dominação mundial
Entrou ontem no ar a primeira edição da Esquadrinhando - uma coluna sobre quadrinhos no Omelete. Nela, eu pretendo tratar principalmente da quase inexistência da crítica de hq.
O primeiro artigo é Watchmen: melhor em quê?. A coluna deve ser quinzenal e já tenho mais duas escritas. Assim não acontece igual ao Desmontando, que mal começou e já atrasou uma semana. Deve entrar no ar amanhã à noite, depois que eu revisar algumas coisas. (RSF)
Entrou ontem no ar a primeira edição da Esquadrinhando - uma coluna sobre quadrinhos no Omelete. Nela, eu pretendo tratar principalmente da quase inexistência da crítica de hq.
O primeiro artigo é Watchmen: melhor em quê?. A coluna deve ser quinzenal e já tenho mais duas escritas. Assim não acontece igual ao Desmontando, que mal começou e já atrasou uma semana. Deve entrar no ar amanhã à noite, depois que eu revisar algumas coisas. (RSF)
A Revolução Francesa, na qual os revolucionários tomaram o poder pela força e logo trocaram todos os cadeados de todos os palácios para que os nobres não pudessem entrar. Em seguida fizeram uma baita festa e guilhotinaram-se uns aos outros. Quando os nobres finalmente recapturaram os palácios tiveram que fazer uma reforma geral, devido ao excesso de manchas nas paredes e tocos de cigarro pelo chãoWoody Allen, num Guia Breve, Porém Útil, à Desobediência Civil. Esse e outros textos fundamentais para a vida moderna podem ser encontrados no volume Sem Plumas. (RSF)
Dia de Gibi Novo: New X-Men 116 e New X-Men Annual 2001
Não é segredo que - deixando de lado uns seis meses de minha vida - eu nunca liguei muito para os X-Men. A série tinha bons momentos, mas nunca escolheu de fato entre ser um filme de ação ou algo que falasse de alguma coisa. As histórias normalmente lidavam com algum mutante do passado ressurgindo e querendo vingança. Enquanto isso, de vez em quando alguém falava alguma coisa sobre o "sonho de Xavier" da coexistência pacífica de humanos e mutantes.
Finalmente os X-Men estão no rumo certo. Morrison repete a abordagem que empregou na sua JLA: encontrar o que define a série e trabalhar em cima disso, jogando todo o resto fora. No caso da Liga, os maiores heróis lutando contra as maiores ameaças. Já os X-Men se tornaram as tropas de uma espécie de ONU mutante. Nas quatro edições que eu li, a abordagem está dando ótimos resultados.
Até o momento, os X-Men abandonaram as identidades secretas, criaram uma organização ( a X-Corps) de proteção aos mutantes com escritórios em todo o mundo, destruíram um dos seus aviões de combate, fizeram eutanásia, enfrentaram traficantes de órgãos de mutantes, impediram um micro-sol de cometer suicídio e executaram (já que não conseguiam conter) a responsável pela morte de dezesseis milhões de pessoas.
Morrison diz que seus X-Men são pacifistas e - se o título se mantiver nessa linha - é verdade. Uma das maiores falhas dos quadrinhos de super-heróis e grande parte das ficções orientadas para a ação é o uso da violência como única forma de resolver os conflitos. Apesar da idéia de heróis pacifistas já ter sido utilizada antes, é inegável que nunca tiveram tanta visibilidade.
E - para completar - Jean Grey e Emma Frost nunca estiveram tão bonitas. (RSF)
Não é segredo que - deixando de lado uns seis meses de minha vida - eu nunca liguei muito para os X-Men. A série tinha bons momentos, mas nunca escolheu de fato entre ser um filme de ação ou algo que falasse de alguma coisa. As histórias normalmente lidavam com algum mutante do passado ressurgindo e querendo vingança. Enquanto isso, de vez em quando alguém falava alguma coisa sobre o "sonho de Xavier" da coexistência pacífica de humanos e mutantes.
Finalmente os X-Men estão no rumo certo. Morrison repete a abordagem que empregou na sua JLA: encontrar o que define a série e trabalhar em cima disso, jogando todo o resto fora. No caso da Liga, os maiores heróis lutando contra as maiores ameaças. Já os X-Men se tornaram as tropas de uma espécie de ONU mutante. Nas quatro edições que eu li, a abordagem está dando ótimos resultados.
Até o momento, os X-Men abandonaram as identidades secretas, criaram uma organização ( a X-Corps) de proteção aos mutantes com escritórios em todo o mundo, destruíram um dos seus aviões de combate, fizeram eutanásia, enfrentaram traficantes de órgãos de mutantes, impediram um micro-sol de cometer suicídio e executaram (já que não conseguiam conter) a responsável pela morte de dezesseis milhões de pessoas.
Morrison diz que seus X-Men são pacifistas e - se o título se mantiver nessa linha - é verdade. Uma das maiores falhas dos quadrinhos de super-heróis e grande parte das ficções orientadas para a ação é o uso da violência como única forma de resolver os conflitos. Apesar da idéia de heróis pacifistas já ter sido utilizada antes, é inegável que nunca tiveram tanta visibilidade.
E - para completar - Jean Grey e Emma Frost nunca estiveram tão bonitas. (RSF)
Assinar:
Postagens (Atom)